quarta-feira, 29 de julho de 2009

VIAGEM À CAMPINAS

Comunico aos amigos e colegas que viajo amanhã à Campinas, a fim de participar de uma Banca Examinadora de Tese de Doutorado em Saúde Coletiva na Unicamp. Com a graça de Deus, retorno à nossa Fortaleza, na madrugada do sábado.
Abraços e até a volta

terça-feira, 28 de julho de 2009

OS HOMENS

Os homens bons são feios.
Os homens bonitos não são bons.
Os homens bonitos e bons são gays.
Os homens bonitos, bons e heterossexuais estão casados.
Os homens que não são bonitos, mas são bons, não têm dinheiro.
Os homens que não são bonitos, mas que são bons e com dinheiro, pensam que só estamos atrás de seu dinheiro.
Os homens bonitos, que não são bons e são heterossexuais, não acham que somos suficientemente bonitas.
Os homens que nos acham bonitas, que são heterossexuais, bons e têm dinheiro são covardes.
Homens com mais de trinta que nunca casou são problemáticos...
Homens bonitos que separaram e continuam dando sopa são verdadeiros "sequelados, problemáticos ao extreeeemo". Fuja, coooorra deles. Não tente ser terapeutas dessas figuras!
Os homens que são bonitos, bons, têm dinheiro e graças a Deus são heterossexuais, são tímidos e NUNCA DÃO O PRIMEIRO PASSO!
Os homens que nunca dão o primeiro passo, automaticamente perdem o interesse em nós quando tomamos a iniciativa. AGORA... QUEM NESSE MUNDO ENTENDE OS HOMENS?

Moral da História: "Homens são como um bom vinho. Todos começam como uvas, e é dever da mulher pisoteá-los e mantê-los no escuro até que amadureçam e se tornem uma boa companhia pro jantar"

“Mulheres existem para serem amadas, não para serem entendidas.”
Vinicius de Morais

ENVIE ISTO PARA: MULHERES INTELIGENTES QUE PRECISEM DAR UMAS RISADAS... E PARA HOMENS CAPAZES DE LIDAR COM ISSO!

Fonte: Internet (circulando por e-mail)

segunda-feira, 27 de julho de 2009

ENFERMAIO: O QUE COMEMORAR?

Com a chegada do mês de maio, já se tornou tradicional a realização, em distintos estados do Brasil, do “Enfermaio”, sob cujo rótulo, enfeixam-se as comemorações dos profissionais de Enfermagem, no período de 12 a 20 de maio. Nesses dias, de abertura e de término, são celebrados os nascimentos de Florence Nightingale e de Anna Nery, respectivamente, os dois maiores ícones da Enfermagem, mundial e brasileira.
O Enfermaio consiste de uma série de eventos programados por entidades de classe e instituições de ensino da Enfermagem, conduzida de modo articulado, no tempo e espaço, cobrando um forte empenho organizacional, para a mobilização dos enfermeiros e das enfermeiras, com vistas à discussão dos avanços técnicos e científicos ocorridos na profissão.
A Enfermagem brasileira experimenta, nas últimas décadas, um surto continuado de crescimento técnico, com a consolidação da pós-graduação, expressa em programas de excelência, dos quais emanam teses, dissertações e uma farta produção de artigos científicos, escoados em acreditados periódicos.
A busca pelo aprimoramento profissional tem sido uma constante na vida desses profissionais, muitos dos quais detentores de formação pós-graduada especializada, quando estão no pleno e maduro exercício da profissão. Os cursos de especialização, sejam públicos ou privados, não conseguem dar conta da demanda potencial de recém-formados, que almejam auferir conhecimentos especializados, e estão dispostos a pagar para isso.
Tais progressos, considerados importantes para o reconhecimento do profissional de Enfermagem, encontram, no entanto, sérios entraves, diante da realidade do mercado, que não remunera de maneira justa, e muito menos digna, os enfermeiros que desempenham papel maior na aplicação dos cuidados de saúde.
O conluio nefasto, de diversos fatores estruturais e conjunturais, concorre, celeremente, para minar o prestígio e o valor da profissão. Por conta disso, o Enfermaio mais que um evento comemorativo, deveria se tornar um fórum de discussão, durante o qual as entidades da Enfermagem, em franca articulação com seus associados, pudessem debater os impasses que tolhem um bom exercício da arte de cuidar, servindo ainda de campo de embate, pela valorização profissional.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva

* Publicado, sob o título, O que comemorar? In:Jornal Diário do Nordeste. Fortaleza, 06 de maio de 2008. Caderno Idéias. p.3.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

A EXITOSA XIII BIENAL DA ACM

Como faz regularmente, a Academia Cearense de Medicina (ACM) promove, a cada dois anos, um grande evento científico e cultural, reunindo médicos e estudantes de Medicina interessados em participar das atividades cuidadosamente programadas, tendo como ponto comum a ciência e a cultura.
Recentemente, nos dias 14 e 15 de maio de 2009, aconteceu em Fortaleza a XIII Bienal da Academia Cearense de Medicina, encontro da maior significação para a Medicina cearense, que teve o Prof. Washington Barata como seu Presidente de Honra, e compondo o cenário do evento, o Hotel Sonata de Iracema, situado na Av. Beira Mar.
A Comissão Executiva da bienal foi constituída pelos acadêmicos Antero Coelho Neto, João Pompeu Lopes Randal, Sérgio Gomes de Matos, Vladimir Távora Fontoura Cruz e Paulo Eduardo Garcia Picanço. Ao primeiro e ao último, respectivamente, foram confiados a presidência e a supervisão da dita comissão, incumbida de delinear cuidadosa programação, cumprida tal como se discrimina a seguir.
Da programação traçada para o acontecimento de 2009, constaram três conferências. A primeira, no dia 14 de maio, quinta-feira, após a Solenidade de Abertura, proferida pelo Acad. Ernesto Lentz de Carvalho Monteiro, atual Presidente da Federação Brasileira das Academias de Medicina (FBAM), tendo como tema “Problemas do Ensino Médico”; a segunda e a terceira, no dia 15 subsequente, com abordagem dos temas “Reforma Psiquiátrica no Brasil – Análise Crítica” e “Syphilographia no Século XIX”, cujos conferencistas foram, respectivamente, o Acad. Paulo Eduardo Garcia Picanço (Presidente da ACM), e o Prof. Dr. Luciano Moreira, Diretor da Faculdade de Medicina da UFC. As conferências, em consonância com o previsto, suscitaram calorosos debates, com a audiência, concorrendo para enriquecer o teor das magistrais exposições pelos conferencistas oficiais.
Sequenciando a programação da primeira manhã, realizou-se a Mesa Redonda: “A Vida e a Obra de Charles Darwin”, oportunidade em que foram expostos os temas “Apontamentos Históricos”, pelo Acad. Sérgio Gomes de Matos (Diretor da ACM), “O Valor Científico de Darwin”, pelo Prof. M.Sc. Rickardo Gomes, e “Aspectos Filosóficos e Religiosos”, pelo Prof. Dr. Jan G. ter Reegen.
Conforme fora programado, a manhã do dia 14 serviu de palco a um “Momento de Autógrafos”, quando foi reapresentado e distribuído, gratuitamente, aos participantes da Bienal o livro “Palavras que valeram a pena – O Brasil e o Mundo”, de autoria do Acad. Antero Coelho Neto (Vice-Presidente da ACM).
O Prof. Dr. Luciano Moreira, ao ensejo do certame, fez a doação, à Biblioteca da ACM, de coleção em “fac-símile” da Gazeta Médica, contendo vários números publicados, originalmente, na segunda metade do Século XIX, em Salvador-Bahia, com textos derivados das teses doutorais apresentadas na mais vetusta das escolas médicas brasileiras.
Ressalte-se, por oportuno, o diligente serviço da operadora de eventos, tendo à frente o Acad. Vladimir Távora, à qual credita a responsabilidade pela parte logística de desdobramento das atividades projetadas. O substancial apoio financeiro propiciado pelo Banco do Nordeste do Brasil, cujos subsídios permitiram a gratuidade das inscrições, encontrou ressonância na operosidade da equipe encarregada de pôr o evento em marcha.
Na noite do dia 15, sexta-feira, aconteceu a Sessão Solene de Encerramento no Auditório Castelo Branco da Reitoria da UFC, oportunidade em que foram outorgados títulos de sócios beneméritos da ACM a pessoas físicas ou jurídicas que haviam prestado relevantes serviços ao silogeu. Como ponto final do evento, foi oferecido aos convidados um Coquetel nos Jardins da Reitoria.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Titular da Cadeira Nº 18 da ACM, patroneada por Joaquim Eduardo de Alencar

* Publicado in: Revista Histórias da Saúde. Maio e junho de 2009 – ano XI, n.19, p.4.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

“HERROS DE PULIÇA” II

Alguns erros notórios escritos por policiais em ocorrências:
7. "Chegando ao local, encontramos a vítima caída ao solo, aparentando ter cometido um 'homicídio contra si mesmo'."
(Esse aí acredita em reencarnação, hein?)
8. "No histórico da ocorrência, constava como objeto apreendido: duas latas de cera 'Odd' e uma lata de cera 'PPO'.
(Uma das latas estava de cabeça para baixo, fala sério ???).
9. "Formava uma 'língua de fogo que lavava a rua'."
( O que comentar???)
10. "O cidadão machucou o 'membro do rosto'."
(Alguém conhece esse membro??)
11. "O conduzido, que foi preso em flagrante, disse que era inocente na acusação e que não estava passando de 'bode respiratório'."
(Deve ser uma nova técnica de recuperação pulmonar !!!)
12. "O sujeito estava vestido com uma calça Jeans e uma camisa 'destampada'."
(Por que ele não "tampou"???)

Fonte: Tal anedotário, que circula na Internet, é obra de um Tenente Coronel da PMMG (nome não citado), que expôs o conteúdo de seu livro no Programa do Jô, informando que todas as frases foram originalmente coletadas dos livros e relatórios de registro policial.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Apreciação sobre “MAQUIS: Redenção na França Ocupada”

É tarefa das mais honrosas opinar sobre a recente obra do Dr. Marcelo Gurgel que, sob o pseudônimo de Luiz Gonzaga Carlos da Silva, uma corruptela do nome do seu pai, nos presenteia com o fabuloso romance epistolar intitulado: MAQUIS: Redenção na França Ocupada.
Misturando ficção com fatos reais, acrescentados de uma boa dose de sonho e fantasia e mais uma pitada de poesia, o autor nos conta a vida de Luiz Gonzaga até seus 30 anos de idade. Tendo como pano de fundo a II Guerra Mundial, Gurgel nos descreve o engajamento de Luiz Gonzaga na Resistência Francesa, durante seus estudos no Centro de Formação Marista de Saint-Étienne, na França, após sua infância em Redenção, Ceará, lavrando a terra na dura labuta do dia a dia, e seu ingresso no Colégio Cearense Sagrado Coração, em Fortaleza.
Ao tratar os fatos que permearam a juventude de Luiz Gonzaga, o autor nos apresenta uma história instigante, repleta de bravura do jovem marista, praticante de ideais e princípios cristãos, que vivenciou e testemunhou os horrores e atrocidades do nazismo na França ocupada.
Neste romance, Marcelo Gurgel ingressou no mundo árido e fatigante das pesquisas históricas, em razão de uma notável capacidade de trabalho e de uma genuína curiosidade historiográfica. Essas qualidades o levaram a pesquisar e a estudar em profundidade a Resistência Francesa, a Segunda Guerra Mundial e os partisans, conhecidos também por “maquis”, na luta contra o nazismo.
Verdadeira viagem às regiões, departamentos, villes, villages, santuários, igrejas e monumentos da França, absorvendo sua cultura e compreendendo como se deu a débâcle française e como se forjou a resistência, na alma de seu povo, contra o Regime de Vichy, do marechal Pétain, este livro nos prende da primeira à última página. É também uma viagem a Espanha, Bélgica, País Basco com sua Guernica destruída, tão bem retratada em seus horrores por Picasso. Essas e muitas outras questões são apresentadas com grande talento e sempre no contexto de uma rigorosa análise historiográfica.
Como nos diz o próprio autor, “este livro é a história de um maquis, cuja bravura não se forjou nos campos da França, mas veio dos tempos em que ele ganhava a mata seca do Acarape, em Redenção, para catar espinhos nos mandacarus resistentes, que se amontoam na beira da estrada. Era com eles que sua mãe marcava os furos no papelão desenhado, que ela prendia com cuidado, na almofada rota, passando, a partir daí, a trocar os bilros e a trançar as linhas, até que o seu esforço diário se transformasse em um quarto de metro de renda ou de bico de grande perfeição e beleza”.
Ana Margarida Furtado Arruda Rosemberg
Médica e Historiadora

* Publicado in: O Povo, Fato Médico, de 19 de julho de 2009. p.8.

domingo, 19 de julho de 2009

A RESISTÊNCIA FRANCESA

A rejeição ao invasor foi crescentemente reforçada pela repressão do governo de Vichy; de princípio, ela era mais dura do que a da própria Gestapo. A degradação econômica dominante, assumindo formas substantivas em um país até então sem tradição de guerrilha, foi, pois, determinante para repelir a ocupação. Aos poucos, foram surgindo ações de grupos volantes: distribuição de panfletos às pessoas em geral, colagens de cartazes anti-Pétain em edifícios e logradouros públicos, depredação ou pichação de comunicados nazistas afixados, e ainda pequenos atos de sabotagem.
As “Organisations Spéciales” (OS) foram, em 1941, a primeira tentativa de cobrir tais deficiências; primeiramente, visavam à proteção de lideranças em risco e à autodefesa de pequenas manifestações, além de, vez em quando, a execução de traidores da França.
As grandes organizações de guerrilha urbana francesa foram um produto dessa fase de aprendizagem e da aglutinação das diversas forças políticas oponentes a Vichy e ao invasor alemão. Seu propósito era a constituição de um uma força militar, capaz de fazer frente ao exército ocupante. Eram muitas as dificuldades para alcançar o objetivo, mas a maior delas era como fazer, já que estavam no interior de uma cidadela ocupada pelos inimigos e submetidos pela clandestinidade a limitados efetivos. Teriam de coordenar entre si e contar com os recursos dos meios rurais, até então passivos.
Para superar esse obstáculo, o próprio curso da guerra veio em auxílio da Resistência. Necessitando de combatentes para o “front” do Leste, carecendo de braços para sua indústria bélica, os nazistas apertaram o cerco aos povos ocupados. Os homens entre 18 a 45 anos foram recrutados para trabalhos forçados na Alemanha - tratava-se, no caso, do Serviço de Trabalho Obrigatório. Na França, houve rejeição em massa dos jovens: sendo civis, não aceitavam trabalhar, sob bombardeios e sob os riscos inerentes à perigos de guerra, a favor do inimigo de seu país. Com o apoio das organizações populares e patrióticas, a objeção a tal convocação disseminou-se. Os que podiam, procuravam, por conta própria, proteção no campo, onde ficam acoitados.
Foi com eles que as organizações guerrilheiras criaram unidades militares nos mesmos locais de refúgio, dando início a era dos maquis. Literalmente, Maquis refere-se à vegetação espessa da Córsega. Durante a II Guerra Mundial, foi o termo genérico, usado para o movimento clandestino da resistência francesa e seus combatentes.
Quanto à coordenação das forças guerrilheiras dispersas, posteriormente, a própria evolução na luta no interior da França encarregou-se de mostrar caminhos. A guerrilha passou dos círculos limitados de “esquadras”, grupos de combate e reduzidos destacamentos urbanos para o plano de destacamentos, companhias e mesmo batalhões. Renunciou, pois, a si própria, para dar lugar ao novo exército - as Forças Francesas do Interior (FFI).
A Resistência teve, quase desde o começo, um importante suporte: as emissões radiofônicas do Comité France Libre, transmitidas de Londres por jornalistas e artistas que na capital britânica tinham-se unido em torno do General De Gaulle. Em contraponto ao noticiário da imprensa e da rádio francesas, tendencioso e devotado a exaltar a força e as vitórias alemãs, as emissões diárias oriundas da Inglaterra irrompiam na noite da França ocupada como fachos luminosos que prenunciavam a breve liberação.
Em que pese a repressão e a delação incentivada, às 21h, e desafiando as pesadas cortinas do blecaute obrigatório, os franceses debruçavam-se sobre os aparelhos de rádio e punham-se a ouvir a programação anunciada pelos primeiros acordes da Quinta Sinfonia de Beethoven: “Sol-Sol-Mi bemol. Ici, Londres, Les français parlant a français”. Seguiam-se notícias da guerra e piadas sobre os alemães e seus colaboradores, bem como mensagens incompreensíveis para a maioria dos ouvintes, mas compreendidas pelos destinatários, do tipo: “as andorinhas estão chegando” ou “as batatas estão cozidas”. Para um povo com frio e fome, submetido a longas horas na fila de abastecimento, a emissão de France Libre tornou-se motivo de estímulo e esperança.
Durante todo o dia, as pessoas ficavam com os ouvidos colados ao rádio, conferindo as últimas notícias. Muitas ouviram quando Charles de Gaulle falou para o povo da França: “A suprema batalha começou! Após tantas batalhas, tanta fúria, tanta dor, chegou a hora de confrontação decisiva, por tanto tempo esperada.”
Notadamente ativo e forte, o Front Nacional, de inspiração comunista, abriu-se então aos democratas e patriotas das mais diversas tendências. Teve por braço armado os francos atiradores e guerrilheiros franceses ("Franc-Tireus et Partisans Français"), dotados, por sua vez, de valioso apêndice: os combatentes advindos da imigração, a mão-de-obra imigrada ("Main-d’Oeuvre Immigrée") ou, mais familiarmente, MOI entre os quais figuravam centenas de antigos brigadistas, atuantes na Guerra Civil espanhola.
Como exemplo da participação dos cidadãos, nos primeiros estágios da guerra, muitos vinicultores se opuseram a uma resistência armada que poderia pôr vidas inocentes em perigo. Com o avanço da guerra, contudo, seus sentimentos começaram a mudar e eles acolheram a resistência em centenas de quilômetros de adegas das regiões produtoras de vinhos.
O “Service du Travail Obligatoire” (STO) foi um programa de trabalhos forçados, implantado por Vichy, em 1942, para atender as exigências de mão-de-obra da Alemanha. Fez mais para recrutar membros para a Resistência do que qualquer outra coisa. Os convocados para o STO geralmente preferiam se juntar aos maquis na clandestinidade a trabalhar para o III Reich.
Entrar para a Resistência, em geral, uma atividade de altíssimo risco, podendo os maquisards morrer em ação ou ser aprisionados pelos inimigos, o que, na maior parte das vezes, não faria qualquer diferença no desfecho, pois, como eles não eram militares, ou forças armadas regulares, não possuíam qualquer cobertura da Convenção de Genebra relativa a situações bélicas. O fuzilamento ou outra forma de execução sumária era a medida de praxe em muitos casos, consoante faziam os alemães e seus asseclas colaboracionistas franceses. A tortura, precedendo a aplicação da pena capital, era uma prática comum.
A tortura, antes da aplicação da pena capital, era uma prática comum. Dizia-se: “Nacht und Nebel” ou “noite e neblina” em alemão, mas também o termo que o Terceiro Reich usava para designar prisioneiros que não desejava que sobrevivessem, que se queria eliminar. Eles deveriam desaparecer dentro do sistema, ser enterrados em massa ou em covas não-identificadas, sem nenhuma informação à família. Por outro lado, os franceses apreciavam muito o “Narquer les allemands”, ou seja, debochar ou zombar dos alemães.
MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA é médico e economista; professor titular da UECE e membro da Academia Cearense de Medicina.

* Publicado in: Jornal Diário do Nordeste. Fortaleza, 19 de julho de 2009. Suplemento Cultura. p.1.

sábado, 18 de julho de 2009

EXTENSÃO DA ENFERMAGEM DA UFC EM BARBALHA

O prefeito do município de Batalha, Dr. Rommel Feijó, solicitou da Universidade Federal do Ceará (UFC), recentemente, a instalação da graduação em enfermagem, nos moldes da extensão feita do Curso de Medicina, há quatro anos.
A pretensão é, de princípio, e à primeira vista, cabível, porquanto coube a essa prefeitura arcar com boa parte da fatura da implantação, tendo cedido uma escola de ensino fundamental, que foi devidamente reformada, em grande parte com recursos municipais, e complementados por recursos estaduais, além de assumir, até hoje, parcela dos custos de manutenção da empreitada.
Os investimentos iniciais causaram um certo impacto nas combalidas finanças de um município de porte médio, sobejamente dependente das transferências federais, uma vez que a arrecadação de impostos em Barbalha, advindos de fatos econômicos gerados nos limites municipais é irrisória, de sorte que o duro sacrifício imposto legitima a aspiração de seu alcaide, em expandir a oferta de cursos superiores, mesmo sabendo que vasta porção das vagas não será preenchida por seus conterrâneos.
A diversificação de cursos na área de saúde é recomendada em função da otimização da capacidade instalada, envolvendo os laboratórios básicos, como: anatomia, histologia, fisiologia e farmacologia, o uso comum de parte do acervo bibliográfico, bem como o melhor aproveitamento de docentes, dada à natureza semestral das disciplinas no curso médico, de apenas uma entrada de alunos por ano. No caso de Barbalha, seria aplicável, indistintamente, no tocante à área básica das graduações em: enfermagem, farmácia, nutrição, odontologia etc.
O reitor da UFC, Prof. Renê Barreira, agindo com prudência, submeteu o pleito à apreciação técnica da Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem (FFOE), para balizamento da decisão a ser tomada. Espera-se, naturalmente, que a comissão de docentes encarregada de avaliar a questão, debruce-se, com afinco, sobre ela, atentando para aspectos importantes da oferta e da demanda de profissionais de saúde, com atenção redobrada às suas peculiaridades, em termos de absorção no mercado de trabalho local e regional.
Do leque de opções de cursos, convém assinalar os seguintes pontos: a Enfermagem, que já tem mais de 500 vagas por ano, passará de 700, em menos de dois anos, com os novos cursos em processo de criação, sendo um deles em Juazeiro do Norte, que virá juntar-se na região aos de Crato e de Iguatu, ambos da URCA, prenunciando o dramático aviltamento da profissão pelo excedente de oferta; a Farmácia conta com 290 vagas, em apenas três cursos: dois em Fortaleza e outro em Quixadá. A diversidade dos campos de atuação e a grande carência de profissionais dessa categoria, no interior, pesam a favor da abertura do curso no Cariri; a Nutrição, por sua vez, dispõe de 170 vagas para ingresso por vestibular, da UECE e da UNIFOR, e terá o mercado dificultado pela formatura das primeiras turmas da UNIFOR, sendo contra-indicada a sua instalação, justo porque a UFC não tem essa graduação; enquanto isso, a Odontologia tem apenas dois cursos (UFC e UNIFOR), ambos na capital cearense, que somam 190 vagas anuais, e embora haja saturação de odontólogos em Fortaleza, há grande margem de incorporação de cirurgião-dentista (CD), caso seja implementada a participação do CD nas equipes do Programa Saúde da Família, ou se almeje ampliar as modalidades de intervenção em Saúde Bucal, no Ceará.
Por fim, o funcionamento de um segundo curso da UFC, em Barbalha, de preferência Farmácia ou Odontologia, pode concorrer para otimizar o uso dos recursos lá existentes e servir de incubadora para a criação da Universidade Federal do Cariri, sonho acalantado pelos caririenses, que tem o senador Reginaldo Duarte como seu defensor maior. Aliás, esse político conduz essa proposta com altivez, e sem o suporte de outras lideranças, considerada a mesma, de suma importância para o Estado e para a região, em particular e pelo que vem tentando sensibilizar o governo federal a aceitá-la, merecendo, por conseguinte, o aplauso dos seus co-estaduanos.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Professor titular de Saúde Pública da UECE

* Publicado, com redução, sob o título ”Extensão da enfermagem da UFC” In: Jornal Diário do Nordeste. Fortaleza, 31 de outubro de 2005. Caderno Opinião. p.2.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

CONVITE LIVRO MAQUIS

O Centro Cultural Oboé, a Secretaria da Cultura do Estado do Ceará e a Aliança Francesa de Fortaleza têm a satisfação de convidar para a noite de autógrafos de “Maquis: Redenção na França ocupada”, novo livro do médico e economista Marcelo Gurgel Carlos da Silva.
A obra foi editada sob os auspícios da Secult-CE, mediante aprovação no V Edital de Incentivo às Artes, e o lançamento do livro integra a programação oficial do “Ano da França no Brasil”. Parte da renda desse lançamento será revertida para as ações sociais da “Casa Vida”, mantida pela Rede Feminina do Instituto do Câncer do Ceará.
O autor e seu livro serão apresentados pelo professor da UFC e membro da Academia Cearense de Letras, Prof. Dr. Linhares Filho.

Local: Centro Cultural Oboé, situado à Rua Maria Tomásia, 531 Aldeota.
Data: 16 de julho de 2009 (quinta-feira), às 19h30.

terça-feira, 14 de julho de 2009

domingo, 12 de julho de 2009

A PRIMEIRA ESCOLA DE ENFERMAGEM NO CEARÁ

O ensino de Enfermagem no Ceará começou, formalmente, em 1943, portanto, há mais de sessenta anos, com a implantação da Escola de Enfermagem S. Vicente de Paulo, que posteriormente viria agregar-se a outras faculdades (Administração, Filosofia, Serviço Social, Veterinária etc.), para dar substrato à criação da Universidade Estadual do Ceará (UECE), em 1975.
Essa Escola nasceu abençoada, fruto da iniciativa da Arquidiocese da Fortaleza, por decisão e empenho de sua eminência, o Arcebispo Dom Antônio de Almeida Lustosa, homem determinado e empreendedor, e bastante afeito ao trabalho; Dom Antônio Lustosa, segundo o historiador Dr. Vinícius Barros Leal, era um discípulo do mestre – manso e humilde, um salesiano de origem, que imprimiu uma robusta obra social em prol das camadas sociais mais desfavorecidas, sem se descuidar dos aspectos espirituais do seu rebanho.
Apesar dos tempos de beligerância mundial em que se vivia, afetando inclusive a urbe fortalezense, submissa ao apagão e à vigilância costeira, com o movimento de militares norte-americanos e mobilização de brasileiros, Dom Lustosa soube se cercar de médicos, profundamente identificados com os princípios católicos e com as práticas cristãs, para compor o corpo docente inicial daqueles primeiros anos, bem como lançou mão de religiosas, pertencentes à Ordem das Filhas da Caridade, e atuantes nos hospitais locais, que, na época, eram quase todos vinculados à Igreja Católica.
Dentre os docentes dos primeiros anos de funcionamento do curso, constavam médicos da maior expressividade, como Jurandir Picanço, Waldemar Alcântara, Walter Cantídio, Ocelo Pinheiro e Haroldo Juaçaba, que figuraram entre os fundadores da Faculdade de Medicina do Ceará, entidade nascida privada e depois encampada pelo governo federal.
A presença das Irmãs de Caridade e de integrantes da Sociedade Médica São Lucas, associada ao seu patronímico S. Vicente de Paulo, um santo moderno e símbolo da caridade, põem a mostra um desabrochar institucional marcadamente caritativo, contudo sem desprezar o apuro técnico dos seus profissionais formados.
A criação da Escola de Enfermagem S. Vicente de Paulo contribuiu para a formação local, e em um bom número, de um profissional até então escasso, pois dantes eram, quase invariavelmente, enfermeiras graduadas pela Escola Anna Nery, nome que é uma justa homenagem àquela cognominada “A Mãe dos Brasileiros”; além disso, mesmo contando com a sua natureza religiosa, essa escola concorreu para a laicização profissional, mediante as sucessivas turmas por ela formadas e postas a serviço da comunidade, despojando-as do hábito sacro, mas preservando o hábito da solidariedade e da fraternidade humanas, tão presentes no ato de cuidar.
Não restam dúvidas de que o ensino de Enfermagem no Ceará surgiu sob as graças benfazejas de uma entidade-mater, que deu a luz, no sentido exato da parição, a uma legião de enfermeiras vocacionadas para cuidar, ao mesmo tempo em que serviu de luz, feito farol a alumiar as trilhas propiciadoras da constituição das estruturas formadoras subseqüentes, instaladas nas universidades (Unifor, UFC, UVA, URCA) e, por desdobramento, nas montadas em outros estabelecimentos de ensino superior cearense.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva

* Publicado In: Revista do COREN-CE, 5 (16): 24, 2006. (Informativo do Conselho Regional de Enfermagem -Ceará).

sexta-feira, 10 de julho de 2009

O BRASIL ANEDÓTICO V

POLÍTICA E... CHOCOLATE
Alfredo Pujol - Machado de Assis, pág. 20
Era José de Alencar ainda criança, quando se reuniam secretamente na casa de seu pai, no Rio, os políticos do Clube Maiorista, que preparava a revolução parlamentar da maioridade. Logo que chegavam os altos personagens da conspiração, era um reboliço em toda a casa para o arranjo do chocolate, com bolinhos e manuês. Vendo dali a pouco voltarem da sala secreta as mucamas com as enormes bandejas devastadas, o futuro romancista, desconfiado, comentava:
- Qual! Estes homens o que querem é chocolate!...
As VANTAGENS DA VITALICIEDADE
Taunay - Reminiscências, vol. I, pág. 25
Vitalícios como eram, os senadores do Império acabavam necessariamente amigos, quase parentes, ao fim de dez, vinte, trinta anos de intimidade. As divergências políticas não conseguiam estabelecer inimizades duradouras entre os velhos representantes do povo.
Às vezes, as discussões azedavam-se, tornavam-se violentas. No meio, porém, do tumulto, ouvia-se a palavra irônica de Cotegipe, reclamando calma, com uma antiga frase de Montesuma:
- Nada de brigas! Nada de brigas! Lembremo-nos que temos de viver juntos toda a vida!
AS FRASES DE PATROCÍNIO
Coelho Neto - Discurso na Academia Brasileira de Letras
Começava Patrocínio a ser hostilizado pelos propagandistas da República, que o acusavam de haver abandonado as suas fileiras, lisonjeado pelo beijo que a Princesa dera no seu filho pequeno, quando, num "meeting", o grande abolicionista tentou falar.
- O Brasil... - ia começando, quando se deteve.
Atribuindo aquela pausa a um estado de decadência, a multidão começou a rir. Patrocínio olhou-a, do alto, e continuou:
- O Brasil... que somos nós?
Silêncio absoluto.
- Sim; que somos nós? - tornou.
E formidável:
- Somos um povo que ri, quando devia chorar!
A "ESCADA" DE LAFAIETE
Alfredo Pujol - Discurso na Academia Brasileira de Letras
A ascensão de Lafaiete à pasta da Justiça, no gabinete de 5 de janeiro de 1878, havia irritado os políticos profissionais, que não compreendiam a escolha fora dos partidos. Tornando-se eco do despeito geral, Martinho de Campos, exclamou, certo dia, num aparte, na Câmara.
- Eu só queria saber de que meios V. Excia. se serviu para subir tão depressa aos conselhos da coroa!
- Eu? - fez Lafaiete, a mão no peito.
E com orgulho:
- Subi montado em dois livrinhos de Direito!
O "BAILE DE MÂSCARAS"
Aluísio de Castro - Discurso na Academia Brasileira de Letras, 1918
Em um encontro na Livraria Garnier, apresentara Francisco de Castro o seu filho Aluísio, ainda estudante, a Machado de Assis. Vendo quase homem aquele que vira recém-nascido, Machado sentenciou, triste:
- A vida é um baile de máscaras; uns vão saindo depois dos outros.
E com voz meio gaguejada:
- Já me sinto no fim do baile...
OS SAPATOS VERMELHOS
Osvaldo Cruz - Discurso na Academia Brasileira de Letras, 1913
O temor de lavrar uma sentença injusta, fizera de Raimundo Correia um tímido, um irresoluto, diante das menores coisas da vida. Saltara ele em uma estação da Central rumo de Minas, a fim de comprar um par de sapatos para uma das filhas, quando se pôs a conjeturar:
- Deve ser azul... É melhor... é cor do céu... as moças gostam mais do azul...
E pegando em outro:
- Ou vermelho?... É a cor da alegria... do sangue... da mocidade...
O trem apitou.
- Vai o azul. Embrulhe o azul!
Correu a tomar o carro, que já se punha em marcha. E já da janela do vagão, agitando um embrulho, para uns amigos que o tinham ido abraçar na passagem:
- Antes tivesse trazido os vermelhos!...
A CORAGEM DO ALMIRANTE
Augusto de Lima - Discurso na Academia Brasileira de Letras, 1923
Comandava Saldanha da Gama uma das unidades da nossa esquadra quando, um dia, mandou aplicar algumas dezenas de chibatadas em um grumete de catadura feroz, o mais indisciplinado, talvez, do navio. Ao sofrer a pena, o marujo, com o corpo lanhado, sangrando e babando, jurou que, na primeira oportunidade, se vingaria do comandante, vibrando-lhe quatro punhaladas.
Saldanha mandou-o vir imediatamente à sua presença, no seu camarote. O marujo apresentou-se.
- Entra! Ordenou-lhe.
- Às ordens, "seu" comandante.
Saldanha fechou a porta por dentro, ficando aí apenas os dois.
- Faze-me a barba, - mandou, sentando-se, e indicando-lhe a navalha.
O marinheiro obedeceu. Mas de tal forma lhe tremia a mão, que estacou.
- Então?! - fez o comandante, reclamando.
E o grumete:
- Não posso mais, "seu" comandante... Tenho medo de "amolestá vossenhoria"!
E caiu de joelhos, em pranto, beijando-lhe as mãos.

Fonte: Humberto de Campos. O Brasil Anedótico (1927)

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Pérolas dos Vestibulandos X

OUTRAS EXCELENTES!
1. Resposta à pergunta: "Que entende por helenização? "Não entendo nada"
2. No começo os índios eram muito atrazados mas com o tempo foram se sifilizando.
3. Entre os povos orientais os casamentos eram feitos "no escuro" e os noivos só se conheciam na hora h.
4. Então o governo precisou contratar oficiais para fortalecer o exército da marinha.
5. No tempo colonial o Brasil só dependia do café e de outros produtos extremamente vegetarianos.

Fonte: Internet (Circulando por e-mail)

terça-feira, 7 de julho de 2009

MUSEÓLOGOS PARA O CEARÁ

Em 29/06/2009, em matéria veiculada no Caderno de Política, de O Povo, a senhora prefeita de Fortaleza anunciou a sua intenção de desapropriar o Marina Park Hotel, posicionado nas imediações da Santa Casa de Misericórdia, a fim de dotar nossa capital de uma área destinada ao Centro de Eventos da Capital. No conjunto de intenções está incluída também a negociação com o governo estadual de outras empreitadas, de sorte a compor um complexo cultural no centro, favorecendo a integração entre os lados leste e oeste da cidade.
O pacote de obras atrelado aos setores da Cultura e do Turismo, para Fortaleza, traz como principal iniciativa a construção do Museu Municipal de Fortaleza, no espaço ocupado pela Estação Ferroviária João Felipe, que serviria para a recuperação do nosso Centro Histórico.
A medida, não resta dúvida, é salutar, dada a pouca infra-estrutura de museus, no Ceará, caracterizada pelo modesto número e pela baixa concentração desses equipamentos culturais na capital. A ideia, no entanto, esbarra na extrema carência de pessoal qualificado para planejar, administrar e operar museus. Com efeito, são pouquíssimos os museólogos entre nós, mesmo porque também são raras as instituições formadoras, no país, que, por sua vez, não conseguem suprir o mercado, com uma quantidade de graduados capaz de atender à demanda potencial existente.
O Instituto Dragão do Mar de Arte e Cultura (IDMAC) bem que poderia exercer o papel catalisador, recorrendo a convênios ou outros instrumentos contratuais, para cooptar recursos humanos e materiais, ora alocados em várias entidades aqui sediadas, além de liderar a captação monetária no Ministério da Cultura, no intuito de privilegiar o Ceará com um curso de Museologia.
Uma proposta mais ousada é a de credenciar o IDMAC, perante o Conselho Estadual de Educação do Ceará, seguindo os moldes da Escola de Magistratura do Ceará, como centro de formação de promotores da cultura, tornando esse instituto um pólo irradiador da manifestação da cultura nordestina.
A construção anunciada pela Prefeita Luizianne somente terá sentido se for acompanhada dos mecanismos necessários ao provimento dos recursos humanos capacitados para a operação do prometido museu.
Prof. Dr. Marcelo Gurgel Carlos da Silva

* Publicado in: O Povo. Fortaleza, 6 de julho de 2009. Opinião. p.6.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

FRASES E PENSAMENTOS DE BERNARD SHAW II

9 Talvez no teatro da vida se divirtam todos, mas não o ator.
10 O meu modo de gracejar é dizer a verdade. Não há gracejo mais engraçado nesse mundo.
11 O aspecto diabólico do fascínio feminino consiste em fazermos desejar a nossa própria derrota.
12 Usamos os espelhos para ver o rosto e a arte para ver a alma.
13 O casamento converte o homem com futuro em homem com passado.
14 O sacrifício de nós próprios permite que sacrifiquemos, sem corar, os outros.
15 Não há segredos mais bem guardados do que os segredos que todos adivinham.
16 Se um grande homem pudesse fazer com que o compreendêssemos, teríamos de enforcá-lo.

Fonte: http://www.ponteiro.com.br/vf.php?p4=8239

domingo, 5 de julho de 2009

“IN EXTREMIS” VII

“Oh liberdade! Quantos crimes se cometem em teu nome!” – Madame Roland
“Meu amigo a artéria deixa de bater.” – Hall (era médico, e estava segurando o próprio pulso).
“O quadrado de 12 é 144”– Lagny (morre como matemático)
“Je m’em vais ou je m’em vas car l’un et l’autre se dit ou se dissent” – Vougelas (morre como gramático)
“Peço que me desculpe essa agonia” – Carlos II da Inglaterra
“Perdoa a seus inimigos?” – perguntou-lhe o confessor na hora da morte. – Só tenho os do Estado. – Richelieu
“Perdoa a seus inimigos?” perguntou-lhe o confessor no momento supremo. – Não posso, matei-os todos – Marquês de Alba.
“Vão matar o primeiro apóstolo da Liberdade. Os monstros que me assassinam não me sobreviverão muito tempo” – Camille Desmoulins
“Que grande artista perde o mundo!” – Nero

Extraído do Almanaque do Ceará – 1941. p. 95-7.

sábado, 4 de julho de 2009

Temas de Economia da Saúde I


Em “Temas de Economia da Saúde”, coletânea que reuniu, em capítulos, os trabalhos de conclusão do I Curso de Especialização em Economia da Saúde, o arte-finalista deu um tratamento harmônico à sua criação, envolvendo a primeira e a quarta capas, dispondo em ambas, junto à lombada, fotografias de alunos e docentes em atividades acadêmicas do Curso e em momentos de descontração; o artista gráfico aplicou uma tonalidade sépia às fotos, emprestando-lhes um certo ar de envelhecimento; os dois terços distais receberam fortes cores em vermelho e azul, com o título e os créditos dos autores vazados em branco, na capa principal.
Ref.: SILVA, M.G.C. da; SOUSA, M.H.L. (orgs.). Temas de economia da saúde. Fortaleza: UECE/Expressão, 2005. 313p.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

PESAR DA SOCIEDADE MÉDICA SÃO LUCAS POR Dr. JUAÇABA

LUTO
Neste mês de junho a medicina do Ceará sofreu uma grande perda e a humanidade ganhou uma referência histórica.
Na tarde de 01 de junho deixou-nos o Dr. HAROLDO JUAÇABA. Formador de gerações médicas, deixou um legado de competência, humanidade, e daquela humildade própria dos grandes mestres e sábios. Aquele profissional que sempre atendia de imediato o paciente sem parar para pensar se este teria condições para lhe compensar pelos serviços prestados (eu mesma tenho muita gratidão pois fui operada de graça por ele, aos 20 anos de idade, quando meu pai Aleardo Freitas, seu amigo, estava em difícil situação financeira). Ética, pelo seu comportamento de seriedade e austeridade, de uma visão muito além do seu tempo, como relata Dr. Marcelo Gurgel, seu amigo e Presidente do Comitê de Ética em Pesquisa do ICC: “Acho que ele tinha uma visão muito além do seu tempo. Na época, câncer não era uma doença importante. Não se falava de assistência aos ‘cancerosos’, como se chamava. Eles morriam à míngua. O grande legado dele foi ter construído esse hospital, equipado e posto em funcionamento”.
Presidente do Instituto do Câncer do Ceará, foi também o primeiro médico com especialização em cancerologia neste estado, professor emérito da Universidade Federal do Ceará (UFC), um dos fundadores da Faculdade de Medicina e do Instituto do Câncer do Ceará (ICC). “Com ele, se vai muito daquela medicina sacerdotal, de dedicação à família”, declara Dr. Marcelo Gurgel.
A Sociedade Médica São Lucas nesta hora de dor se une à família enlutada e manifesta os mais sentidos votos de pesar, acreditando que ele se encontra agora gozando o convívio dos eleitos do Senhor.
Aliana Pinto Nogueira
Do Conselho Editorial da Sociedade Médica São Lucas

In: Boletim da Sociedade Médica São Lucas. Ano 5, Nº 27. Junho de 2009. p. 1-2.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

CORRIGINDO OS DITOS POPULARES II

FRASES QUE O POVO DIZ...

NAS COXAS.
As primeiras telhas dos telhados nas Casas aqui no Brasil eram feitas de Argila, que eram moldadas nas coxas dos escravos que vieram da África. Como os escravos variavam de tamanho e porte físico, as telhas ficavam todas desiguais devido as diferentes tipos de coxas. Daí a expressão fazendo nas coxas, ou seja, de qualquer jeito.

VOTO DE MINERVA.
Orestes, filho de Clitemnestra, foi acusado pelo assassinato da mãe. No julgamento, houve empate entre os acusados.
Coube à deusa Minerva o voto decisivo, que foi em favor do réu. Voto de Minerva é, portanto, o voto decisivo.

CASA DA MÃE JOANA.
Na época do Brasil Império, mais especificamente durante a menoridade do Dom Pedro II, os homens que realmente mandavam no país costumavam se encontrar num prostíbulo do Rio de
Janeiro, cuja proprietária se chamava Joana.
Como esses homens mandavam e desmandavam no país, a frase casa da mãe Joana ficou conhecida como sinônimo de lugar em que ninguém manda.

Fonte: Vera Bighetti in: http://netart.incubadora.fapesp.br/portal/Members/vera_bighetti/document.2006-08-30.4994282251

quarta-feira, 1 de julho de 2009

PIADAS CONJUGAIS I

A LOJA DE MARIDOS.
Acaba de ser inaugurada em New York, The Husband Store, uma nova e incrívelloja, onde as damas vão escolher um marido. Na entrada, as clientes recebem instruções de como a loja funciona: "Você pode visitar a loja APENAS UMA VEZ"!São seis andares e os atributos dos maridos à venda melhoram à medida que você sobe os andares. Mas há uma restrição - pode comprar o marido de sua escolha em um andar ou subir mais um. MAS NÃO PODE DESCER, a não ser para sair da loja, diretamente para a rua". Assim, uma dama foi até a Loja para escolher um marido.No primeiro andar, um cartaz na porta: Andar 1 - Aqui todos os homens têm bons empregos. No segundo andar, o cartaz dizia: Andar 2 - Aqui os homens têm bons empregos e adoram crianças. No terceiro andar, o aviso dizia:Andar 3 - Aqui os homens têm ótimos empregos, adoram crianças e são todosbonitões."Uau!," ela disse, mas foi tentada e subiu mais um andar. No andar seguinte, o aviso:Andar 4 - Aqui os homens têm ótimos empregos, adoram crianças, são bonitose adoram ajudar nos trabalhos domésticos. "Ai, meu Deus", disse a mulher, mas continuou subindo. No andar seguinte, o aviso: Andar 5 - Aqui os homens têm ótimos empregos, adoram crianças, são bonitões, adoram ajudar nos trabalhos domésticos e ainda são extremamente românticos". Ela vacilou, mas subiu até o sexto andar e encontrou o seguinte aviso: "Andar 6 - Você é a visitante número 31.456,012 neste andar não existem homens à venda aqui. Este andar existe apenas para provar que as mulheres são impossíveis de contentar. Obrigado por visitar a Loja de Maridos".
AH!, TEM MAIS...
A Loja de Esposas. No dia seguinte abriu uma nova loja do outro lado da rua, a Loja de Esposas, também com seis andares e idêntico regulamento para os compradores masculinos.No Andar 1, mulheres que adoram fazer sexo. No Andar 2, mulheres que adoram fazer sexo e são muito bonitas. No Andar 3, mulheres que adoram fazer sexo, são muito bonitas e muito ricas. Os Andares 4, 5 e 6 nunca foram visitados.

Fonte: Internet (circulando por e-mail)
 

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