quarta-feira, 6 de junho de 2012

MARIA PRETA

Pedro Henrique Saraiva Leão (*)
Não o arbusto comum na serra de Guaramiranga, da família das Borragináceas-In “Dicionário de Termos Populares (Registrados no Ceará)”, do médico/escritor Florival Serraine (Organização Simões Editora, Rio, 1959). Nem o carbúnculo, furúnculo, infecção estafilocócica de um folículo piloso. Refiro-me ao primeiro estúdio cinematográfico do mundo, aquela casa coberta com uma lona, em New Jersey (EUA), criado e assim apelidado (Black Maria) pelo genial inventor americano Thomas Alva Edison (1847 – 1931), em fevereiro de 1982. Curiosamente, Thomas Edison acreditava pouco nas possibilidades comerciais do cinema, mas profetizou que o mesmo substituiria os livros de texto.
Em verdade, a história do cinema como método áudio-visual no ensino formal, remonta, pasmem, ao século XVII, quando o educador alemão J. Amos Comenius, em 1658, já sugeria o emprego de técnicas sensoriais de ensino. Isto lê-se no seu livro “Orbis sensualium pictus”, pouco conhecido mas hoje clássico, ou seja, obra famosa que poucos leram! O precursor trabalho de Comenius sobreviveu em grandes mestres da Pedagogia, como o inglês John Locke (1632-1704), o franco-suíço Jean Jacques Rousseau (1712-1778) e outro helvécio famoso, John Heinrich Pestalozzi (1746-1827). Fontes confiáveis (Encyclopaedia Britannica, 1966) referem o nascimento oficial do cinema como meio de entretenimento em 23 de abril de 1896 em New York, com Thomas Edison; outras citam o dia 28 de dezembro de 1895, na França, com os irmãos Auguste e Louis Lumière.
Entre 1900-1920 películas norte-americanas comprovaram sua eficácia também acadêmica em filmes ensinando como controlar doenças venéreas.
O cinema vem sendo admirado como a 7ª arte, desde 1895, entre 11 outras, iniciando-se com a Música, e, pela ordem, a Dança, a Pintura, a Escultura, o Teatro, a Literatura, a Fotografia, as Histórias em Quadrinhos, os jogos de Computador, de Vídeo, terminando com a 11ª, a arte digital. Isto é, Wikipédia dixit.
Saiba o prezado leitor nunca ter sido o cinema minha praia preferida, pois sempre me seduziram a música, as artes plásticas, sobremaneira, a literatura. Entre nós pontificou um grande cinéfilo: Darcy Costa, aliás meu primeiro (e ótimo) professor de inglês, no IBEU. Hoje contamos com vários especialistas, como João Soares Neto, L.G. Miranda Leão, Regis Frota, (“Ensaios de Literatura e Cinema”. Ed. ABC, Fortaleza, 2012), Walter Filho (“Cinema”. Gráfica LCR/Edições Poetaria, Fortaleza, 2010), F. Alequy, Fred Miranda. A propósito, o premiadíssimo filme “O Jardineiro Fiel”, dirigido por Fernando Meirelles, baseado em conhecido romance do inglês John Le Carré, será exibido dia 29 próximo (3ª feira) às 18:30h, na Universidade Unimed, Av. Santos Dumont, 1058, 1º andar. Será a segunda edição do UNIMEDCINE, ali iniciado em 06/03 último. Com direito às tradicionais pipocas!
Fonte: O Povo, Opinião, de 24/5/2012.

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