sexta-feira, 6 de setembro de 2013

OS FUTUROS DA GENTE



Antero Coelho Neto (*)
E também muitos me perguntam: “o que podemos fazer para melhorar a nossa saúde?”. Sempre tenho respondido e muito tenho escrito sobre este tema, dizendo que a melhor maneira que temos para isto é, assumir determinadas condutas já conhecidas e planejar e executar bem o nosso futuro. Não existem formas simples e mágicas.
O mundo civilizado desde há muitos e muitos anos, sabe que devemos pensar no futuro e que podemos modificá-lo de acordo com o chamado “jogo do conhecido, desejado e possível”.
E muitos estão de acordo que temos diferentes futuros e que devemos e, muitas vezes podemos, escolher o que mais se adéqua aos nossos desejos  e possibilidades.
Pensar em futuro não é luxo como muitos alegam como desculpa. Somos mais sofredores na medida em que não fazemos os nossos planos para o futuro. Somos mais doentes quando não adotamos estilos de vida saudáveis e não fazemos a prevenção das doenças possíveis e não evitamos os fatores físicos, químicos e biológicos. Morremos mais cedo na medida em que não pensamos no futuro e não fazemos planos de vida futura.
O nosso futuro, meus amigos, deve ser planejado para que se possa alcançar mais momentos de satisfação e felicidade.
E ele pode ser modificado sim. Pensar no futuro é uma obrigação de todos. Pai de família, vamos pensar no futuro? Sra. Presidente do Brasil e senhores políticos responsáveis, vamos pensar no futuro do nosso país, ou apenas continuar com medidas paliativas atuais nas perspectivas das próximas eleições ? Sim, porque cada Presidente no Brasil faz seu plano, quando faz, para “ele ou eles” e não para o futuro do país.
Os “gritos” dos sofridos e as “pedras” dos “black blocs” apareceram, antes do esperado por muitos. Os efeitos estão aparecendo e as causas vêm aumentando rapidamente, como temos destacado neste Jornal.
Vamos evitá-las para a melhoria de nosso país? Porque os efeitos virão maiores e mais dramáticos se o nosso comportamento não mudar.
Claro que não é fácil pensar e modificar os nossos futuros alternativos. Certo que, torna-se cada vez mais difícil manobrar as variáveis condicionantes e intervenientes. Mas é possível acertar sim e, diminuir os erros  durante o caminho.
Planejar futuro não é fazer o plano e ficar parado esperando que ele dê certo.
Há alguns anos atrás, recebi através de uma sociedade futurista, da qual faço parte, o plano da Mitsubishi para daqui a 100 anos. Sim, um século para o futuro. As empresas pensam assim e o nosso governo não.
Claro que o plano poderá e deverá ser adaptado com o passar dos anos mas demonstra a responsabilidade da empresa para com o seu futuro e, conseqüentemente, com o dos seus clientes, empregados e assim sendo, também com todo o povo japonês.
No meu livro, “O Futurista e o Adivinho”, publicado em 2001, escrevi sobre o que seria possível e desejava para o Brasil, que chamei de “Futurolândia”, para o ano 2010. Acertei pouco. Depois eu conto alguns detalhes importantes do que não aconteceu. E por que não.
Mas muito pode ser feito pelas próprias pessoas, indivíduos e famílias, em pensar no futuro e tentar uma melhor saúde e maior longevidade com a qualidade de vida desejada, como já destaquei em artigo anterior.
Vamos utilizar esta prática em nossas casas e também exigir que os nossos dirigentes também pensem assim. Se nós exigirmos, eles terão que pensar no futuro. Sim, porque “o futuro é nosso” e os governantes também são nossos e não, nós deles.
“Está escrito o que vai suceder amanhã”, é fatalismo ultrapassado e conformista.
(*) Médico, professor e ex-presidente da Academia Cearense de Medicina.
Publicado In: O Povo, 4/09/2013. p.6.

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