domingo, 17 de maio de 2015

DIA DO LIXEIRO


Por Antonio Pastori
Ontem (16/5) foi dia do lixeiro, perdão, dia do gari, uma nobre profissão.
Claro que é nobre! Já imaginou sua vida sem eles?
Tem gente - no meu tempo chamavam-se Sugismundos - que suja a rua com o simples argumento de que "assim ajudamos a dar emprego aos garis". Quem pensa assim poderia, por exemplo, muito contribuir para manutenção dos empregos dos coveiros "se auto eliminando-se a si mermo" (sic) da sociedade de uma vez por todas.
Pesquisando sobre a origem e o significado dessa palavra, descobri o seguinte:
1 - Não é de origem francesa (para embelezar o nome?). Que nada! A palavra gari vem do nome de Pedro Aleixo Gari que, durante o Império assinou com a Corte brasileira o primeiro contrato de limpeza urbana no Brasil. Aleixo costumava reunir no Rio de Janeiro, cidade onde morava, funcionários para limpar as ruas após a passagem de cavalos, o que nessa época era muito comum.
2 - Os primeiros cariocas se acostumaram com esse trabalho e sempre mandavam chamar a "turma do Gari" para executá-lo. Aos poucos e de tanto repeti-lo, a população da do Rio associou o sobrenome de Aleixo Gari aos funcionários que cuidam da limpeza das ruas. Assim, o nome gari se espalhou para o restante do País.
3 - Gari também pode ser um tsukemono, uma espécie de conservas de vegetais - picles -  da culinária japonesa. Chique, né?
4 - Os garis têm um poder oculto que ainda não sabem como aplicar: podiam varrer essa sujeirada meio invisível que assola o mundo sob as mais terríveis formas (tráfego de drogas, corrupção, destruição do meio ambiente, poluição, guerras santas, genocídios e outras vergonhas da espécie humana). Mas, para isso, seriam necessários milhares e milhares de Super-garis. Oremos, pois.
Antonio Pastori, guardião da Domingueira Poética

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