sábado, 9 de janeiro de 2016

DIÁRIO DE UMA MOTORISTA II


10 de fevereiro
Querido diário,
Os outros motoristas têm hábitos estranhos. Além de acenarem muito, estão sempre gritando. Não escuto nada, por estar com os vidros fechados, mas parece que querem dar informações. Digo isto porque julgo ter percebido, através de leitura labial, um deles dizendo "Vai para casa". Não sei como ele adivinhou para onde eu ia! Acho isso espantoso.
De qualquer modo, quando eu descobrir onde fica o botão que desce os vidros, vou tirar minhas dúvidas, que são muitas.
19 de fevereiro
Querido diário,
A cidade é muito mal iluminada. Fiz hoje meu primeiro passeio noturno e tive de andar sempre com o farol alto aceso, para ver direito. Todos os motoristas com quem cruzei pareciam concordar comigo, pois também ligaram o farol alto e alguns chegaram mesmo a acender outros faróis que tinham.
Só não percebi a razão das buzinadas. Talvez para espantar algum bicho.
Sei lá...
26 de fevereiro
Querido diário,
Hoje me envolveram num acidente. Entrei numa rotatória e como tinha muito carro (não quero exagerar, mas deviam ser, no mínimo, uns quatro!), não consegui sair. Fui dando voltas bem juntinho ao centro, à espera de uma oportunidade, de tal forma que acabei por ficar tonta e bati no monumento no centro da rotatória. Acho que deviam limitar a circulação nas rotatórias a um carro de cada vez.
2 de março
Querido diário,
Estou em maré de azar. Fui buscar o carro na oficina e, logo na saída, troquei os pés, acelerando fundo em vez de frear. Bati num carro que ia passando, amassando todo o lado direito. O motorista, por coincidência, era o inspetor que me aprovou no exame de direção.
Um bom homem, sem dúvida. Insisti em dizer que a culpa era minha, mas ele educadamente, não parava de repetir para si mesmo: "É tudo minha culpa! É  tudo minha culpa! Que Deus me perdoe!"
Fonte: internet (circulando por e-mail).

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