terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Feliz Ano Novo para a Uece


Por José Jackson Coelho Sampaio (*)
Passei o fim de ano com a família, em pousada rústica, sem TV, ar condicionado, internet e sinal de celular. Na vila de Atins, entrada do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, saíamos para banhos de praia de rio e de mar, andávamos pelos igarapés ensinando os netos a pescar taiobas, subíamos dunas para o encantado pôr do sol e, pelas ruas de areia, conversávamos amorosamente. Quase esqueci 2015 e os problemas políticos, de gestão e de custeio da Uece.
Ao retornar, dediquei-me aos balanços institucionais e, com a cabeça fora da rotina, visão panorâmica, descubro o quanto a Uece cresceu, apesar da crise: refletimos sobre a vida acadêmica no processo de revisão dos estatutos da Funece/Uece; inauguramos o campus interinstitucional de Iguatu (Uece, Urca e Centec convivendo) e o de Tauá; avançamos na gestão de recursos de investimento que, em três anos, alcançou 56,6 milhões, o maior valor dos últimos 20 anos; e tornamo-nos ofertadores do Pronatec.
Também instalamos novos Laboratórios Interdisciplinares de Formação de Educadores-LIFE nos campi de Iguatu, Tauá e Crateús; criamos a Comissão Setorial de Ética Pública (CSEP); aprofundamos o processo de interiorização da pós-graduação com três novos mestrados no Interior, no campus de Quixadá (História e Letras, Ensino de Física, Ensino de Matemática), além do existente, sede em Limoeiro do Norte (Educação e Ensino); e elevamos a capacidade de criação de programas de pós-graduação, pois, nos últimos quatro anos, instalamos 11 deles, e temos a chance do 12º.
A palavra crise vem da Medicina grega e traduz o momento do curso de uma doença em que seu destino se decide, pelo agravamento definitivo ou cura. E tal momento muda com as diferentes resiliências dos individuais e o desenvolvimento das tecnologias de cuidado. Imagine a vida social, política e econômica que não tem os determinismos biológicos. Que em 2016 sejamos capazes de criar condições democráticas para o enfrentamento menos doloroso dos desafios. É a esperança renovada.
(*) Professor titular em saúde pública e reitor da Uece.
Publicado In: O Povo, Opinião, de 16/1/16. p.10.

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