sexta-feira, 11 de março de 2016

O IMPEACHMENT SE IMPÕE


Por Affonso Taboza (*)
Dilma fracassou estrondosamente. Sua retirada imediata é o começo da solução.
Não dá pra contemporizar, Dilma deve sair. Totalmente desacreditada, não tem condições de liderar um processo de recuperação do país que ela afundou. Nem sobre o PT, o seu partido, ela tem ascendência. Para o bem do país doente, o tumor tem de ser extirpado logo.
A saída menos traumática é o impeachment: o vice-presidente assume de imediato para concluir o mandato. Melhor que a cassação da chapa pelo TSE, que requer eleições para o presidente-tampão – processo demorado e desgastante para um mandato curtíssimo.
Impeachment é um processo político, embora assentado em bases jurídicas. Por isso, é de responsabilidade do Congresso. Mestres consagrados do direito afirmam que há sobejas razões que o justificam, inclusive crimes de responsabilidade, bem caracterizados nas pedaladas fiscais e na criação, sem autorização do Congresso, de gastos não previstos na Lei de Diretrizes Orçamentárias. Mas as razões jurídicas são apenas o estopim. O explosivo é a revolta popular contra o descalabro. Os baixíssimos índices de aprovação da presidente e as manifestações nas ruas e nas redes sociais evidenciam que o povo não a quer mais no governo.
Compreende-se a preocupação de alguns por estar o processo nas mãos de parlamentares investigados por corrupção, na Câmara e no Senado. É uma infelicidade entre tantas que nos castigam no momento, mas a atuação desses agentes é temporária. Ao presidente da Câmara, cumpre aceitar o pedido de impeachment, e isso já foi feito. O resto depende dos deputados, embora seja inegável a influência de Cunha. O mesmo se diga do Senado cujo presidente, também chamuscado, manobra conforme o vento dos seus interesses pessoais momentâneos. Desesperada, dona Dilma “faz e fará o diabo” pra se manter no poder. A má qualidade dos nossos políticos, máxime dos presidentes das duas casas, no entanto, não será pretexto para deixarmos as coisas como estão.
Temer não será o presidente dos nossos sonhos. Mas é o que temos, e certamente melhor que a atual mandatária. No mínimo mudará o humor da Nação, e isso não é pouco. Como o impeachment não sairá antes de junho, seu mandato durará, no máximo, dois anos e meio, tempo curto, mas suficiente pra dar novo rumo ao País, se tiver determinação e apoio político. Lembremos de Itamar: começou desacreditado, mas seu curto mandato foi o início de uma era virtuosa em nossa economia.
Dilma fracassou estrondosamente. Sua retirada imediata é o começo da solução. Ela é a pedra no caminho. Tem que sair da frente.
(*) Membro efetivo do Instituto do Ceará – Histórico, Geográfico e Antropológico.

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