terça-feira, 11 de outubro de 2016

PILARES BÁSICOS

Por Luiz Gonzaga Fonseca Mota (*)
Neste século XXI, os países estão em busca de melhores condições materiais, levando-se em conta, principalmente, o chamado processo de globalização. Tal quadro criou teorias confusas misturando teses liberais com teses autoritárias; propostas capitalistas com propostas socialistas; até mesmo, manifestações democráticas com manifestações totalitárias. Dentro deste quadro de referência, vale ressaltar que não há caminho justo e consistente fora da democracia, como também, em qualquer país, o objetivo da atividade estatal deve ser o bem comum e não a vantagem apenas de uma minoria gananciosa ou de quem governa sem equilíbrio. As manifestações sinceras e coerentes de apoio e de desaprovação a um governo constituem os pilares básicos de sustentação do sistema democrático. São sinceras, quando não se aproveitam de fatores circunstanciais como também não buscam vantagens eleitoreiras ou de outra natureza, numa visão puramente tática. Por outro lado, são coerentes quando rejeitam o pragmatismo alienado e procuram propostas compatíveis com as diretrizes programáticas baseadas em ideias estratégicas. Ademais, é fundamental ter em mente o espírito de tolerância, a defesa de princípios éticos e morais, a não aceitação da corrupção e do fanatismo, o respeito às minorias e à pluralidade, o entendimento filosófico da verdade e da existência, bem como a importância dos direitos individuais e sociais. Todos devem ser iguais perante a Lei. O radicalismo tem influenciado de forma negativa as atitudes comportamentais. Convém lembrar Dostoiévsky: “O segredo da existência humana consiste não somente em viver, mas ainda encontrar um motivo para viver”.
(*) Economista. Professor aposentado da UFC. Ex-governador do Ceará.

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