sexta-feira, 31 de março de 2017

ANEDOTAS DO QUINTINO V

Quintino Cunha era um notável poeta. Ficou famoso por motivos menos nobres é verdade, mas não menos interessantes. As suas respostas ferinas às provocações, as suas atuações como advogado dos oprimidos e a sua inteligência invejável e invejada, fizeram dele um mito. Muitas histórias surgiram e foram atribuídas ao Quintino. Nem todas são verídicas, mas a maioria tem registro. Aqui estão algumas das mais curiosas e também as suas melhores poesias. Esta seção pretende fazer justiça ao mérito de Quintino como poeta, já que, como repentista, é incontestável. Além disso, visa preencher uma lacuna. Até então, não existia nenhuma alusão ao célebre cearense na internet.
Até flecha...
Viajando para S. Mateus, em companhia de um caboclo taciturno, no meio da viagem, sol a pino, o poeta convidou o seu guia para tomar um "trago". O caboclo paraibano respondeu:
- Seu doutor eu não bebo “arco” (álcool, no linguajar do matuto)!
- Pois do jeito que eu vou aqui, engulo até flecha. Diz o Quintino.
(Plautus Cunha -Anedotas do Quintino) 
Pernas de Cadeira
O professor Anacleto de Queiroz exigia que seus alunos lhe obedecessem sem tirar nem uma vírgula nas suas ordens. O professor admirava o talento do poeta e por isso, Quintino ainda não havia sido expulso do Ginásio Cearense.
Grande número de traquinagens colocava o poeta em primeiro plano. Em compensação, suas notas eram sempre as melhores, exclusivamente pela sua inteligência.
Certa ocasião, o professor quando atravessava uma sala, encontrou o Quintino lendo e displicentemente, com os pés em cima de uma cadeira. O professor pigarreou e disse:
- Quintino, tire os pés da cadeira!
Meia hora depois, Quintino comparece à secretaria, conduzindo as peças (pés) que arrancara da cadeira.
(Plautus Cunha -Anedotas do Quintino)
O Pente para Cachorro
Os alunos do Liceu do Ceará estavam sempre a postos para retrucar a forma, hoje poderíamos dizer, Lungueana (referindo-se ao Seu Lunga) de Quintino. Depois de confabularem entre si um deles aproximou-se do professor e pediu:
- Mestre me empreste o pente.
Quintino retirou um pente do bolso da calça e o entregou ao aluno. Depois de pentear sua cabeleira à vontade o pestinha provocou:
- Mas mestre isto parece mais pente pra cachorro!
De forma muito natural, Quintino retirou outro pente, agora de dentro do paletó, mostrou-o e disse:
- Este que estás usando realmente é pra cachorro.
E mostrando o outro pente disse:
- Eu pessoalmente uso este aqui.
(Enviada por Eristow Nogueira)
Fonte: Internet (circulando por e-mail e sem autoria definida).
Nota: Muitos causos de Quintino Cunha foram contados por seu filho Plautus Cunha, no livro Anedotas do Quintino. 16a Edição. Fortaleza-CE: Editora Ângelo Accetti, 1974.

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