quarta-feira, 4 de outubro de 2017

PARA MEDITAR


Por Luiz Gonzaga Fonseca Mota (*)
Florestal é um país situado no norte do continente Afrazil, muito rico em recursos minerais e agrícolas, com grande dimensão territorial e banhado pelo oceano Ocitlam. Dizem até que é um dos países do futuro. No entanto, a grande maioria da população vive em condições não favoráveis. Os serviços básicos de educação, saúde e segurança, dentre outros, são precários. Analisando-se o IDH, elaborado pelo PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) da ONU, evidencia-se uma deficiência significativa. Muita pobreza. Do ponto de vista político, predomina uma pseudo-democracia. De um lado, a instável harmonia e independência dos poderes constituídos (Executivo, Legislativo e Judiciário) e, de outro, a pouca consistência, no sentido amplo, do processo de escolha dos representantes do povo. Florestal adota o regime presidencialista. Na maioria das vezes, os seus presidentes seguem o comportamento de um “déspota a curto prazo”, tornando a situação ainda mais difícil. Com baixos índices educacionais (cognitivos e comportamentais) dos habitantes do “rico” Florestal, surgem problemas como a corrupção sistêmica, a discriminação, a falta de oportunidades, etc. Este quadro lembra a fábula “o lobo e o leão” de Esopo. “Certa vez um lobo estava levando para sua toca um cordeiro roubado, quando um leão tomou-lhe a presa. Então o lobo lhe disse: você tomou desonestamente o que era meu. E o leão revidou: por acaso você recebeu honestamente o cordeiro? Moral da estória: delinquentes trocam acusações quando se veem em alguma complicação”. Pobre Florestal! Que apareçam boas atitudes.
(*) Economista. Professor aposentado da UFC. Ex-governador do Ceará.
Fonte: Diário do Nordeste, Ideias. 14/7/2017.

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