domingo, 8 de outubro de 2017

RECOMEÇAR

Por Luiz Gonzaga Fonseca Mota (*)
Nos dias de hoje, fatores como a globalização perversa, aquela conduzida pela supremacia do setor financeiro sobre o setor produtivo; a busca do poder pelo poder; o fundamentalismo religioso; o corporativismo autoritário; o capitalismo selvagem, priorizando os compromissos financeiros especulativos em relação aos gastos nos setores sociais básicos; a corrupção; os estelionatos eleitorais e administrativos motivados por alguns mecanismos de “marketing” e da falsa mídia; dentre outros elementos, estão conduzindo tanto as nações ricas, emergentes e pobres, para uma crise abrangendo aspectos morais, sócio-econômicos, de desesperança, de irresponsabilidade, de distanciamento dos valores espirituais, de injustiça, de violência, etc. Precisamos, estrategicamente, pensar o futuro. Para tanto, sem preconceitos, é fundamental a leitura de filósofos e cientistas como Aristóteles, Santo Agostinho, Kant, Hegel, Ricardo, Marx, Weber e tantos outros. Foram verdadeiros formadores de “Escolas de Pensamento” que serviram e ainda servem de orientação a muitas pessoas. Apesar das controvérsias, todos buscaram formas para justificar, de acordo com suas teses e convicções, o sentido da vida, da moral, da ética, etc. Cremos, por sua vez, a grande crise mundial é consequência do aumento do pragmatismo tático e da redução das correntes de pensamento filosófico preocupadas com a verdade e a existência. A coerência programática, baseada em princípios cristãos, é o remédio capaz de combater com eficácia essa doença. Conforme Jacques Maritain: “O Cristianismo ensinou aos homens que o amor vale mais do que a inteligência”.
(*) Economista. Professor aposentado da UFC. Ex-governador do Ceará.
Fonte: Diário do Nordeste, Ideias. 28/7/2017.

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