sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

RESUMO HISTÓRICO

Por Luiz Gonzaga Fonseca Mota (*)
A origem da moeda está relacionada com a evolução dos sistemas econômicos. A natureza dinâmica das atividades produtivas e as forças de mercado forçaram o surgimento da moeda. Os sistemas mais rudimentares caracterizavam-se pela ausência de trocas e consequentemente de moeda. Tendo-se, portanto, a chamada economia natural. As pessoas eram autossuficientes (tipo Robinson Crusoé, no romance de Daniel Defoe). Os níveis de poupança nulos, implicavam na estagnação daquelas comunidades. Como segundo tipo de sistema surgiu a economia de escambo, as trocas de bens eram realizadas diretamente, sem a existência de intermediários. Foi o início da especialização (divisão do trabalho). Apesar da evolução, a economia de escambo apresentava uma série de problemas, impedindo uma expansão mais acelerada da produção, tais como: indivisibilidade dos bens, coincidência de interesses, dificuldade de transportes, dentre outros. O terceiro tipo foi chamado de economia monetária, havia intermediários e, mais ainda, avançaram os processos de especialização (vantagens comparativas) e de geração de poupanças que seriam transformadas em investimentos. A moeda, nessa fase, assumiu duas formas distintas: moeda mercadoria (com valor intrínseco) e moeda fiduciária (com base na confiança). Observa-se que, ao longo do tempo, ocorreu uma desmaterialização da moeda. Ademais, se, de um lado, a moeda permitiu o desenvolvimento das atividades produtivas e do emprego, de outro, vem sendo um instrumento de preocupação em razão da ganância e da especulação de agentes econômicos.
(*) Economista. Professor aposentado da UFC. Ex-governador do Ceará.
Fonte: Diário do Nordeste, Ideias. 3/11/2017.

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