quinta-feira, 10 de maio de 2018

AS DIFERENÇAS DOS DIFERENTES

Márcia Alcântara Holanda (*)
Todas as pessoas são diferentes. Rostos, corpos, fala, andar, pensamento e ideias, que são simples expressões de seus DNAs. Cada uma dessas é única, sem semelhante, geneticamente falando. Nem os gêmeos univitelinos são iguais. A prova disso está na análise das impressões digitais, dos genomas e de novas técnicas de estudo da identidade.
Se olharmos, por exemplo, no âmbito do ambiente do nosso trabalho, verificamos que, cada pessoa daquele grupo tem: andar, tom de voz, orelhas diferentes, personalidades especiais e assim por diante. Os seres humanos são uma espécie da Natureza que possuem uma quantidade descomunal de variações de corpo e mente.
A medida em que se avança na tecnologia do estudo da identidade das pessoas descobrem-se sobre o que os faz diferentes, e assim, especiais. A propósito disso, que muito tem a ver com a genética, algumas pessoas nascem mais diferentes, por terem alterações mais especiais ainda dos seus cromossomos o que os tornam diferentes dos diferentes, ou seja, da maioria.
Os autistas formam um grupo desses, cuja mutação genética desdobra-se em um espectro de formas diversas de um tipo de deficiência na comunicação verbal, visual e expressão corporal.
O Dia Mundial da Conscientização do Autismo, tem como filosofia levar a todos uma melhor compreensão do significado do que é ser uma pessoa com autismo: um diferente dos diferentes, mas com todos os direitos iguais. A Associação Brasileira Para o Direitos das Pessoas Autistas (Abraça), prega nos seus eventos desta semana (http://abraca.autismobrasil.orgcampanha2018/) um desbloqueio social e uma ampla abertura para que os autistas vivam e participem das ações da comunidade em que vivem. E, seja recebido como todos devem ser em sociedade.
Retroagindo o nosso olhar para os humanos em geral, mesmo com síndromes cromossômicas, todos são diferentes e possuem um espectro infindo dessas diferenças.
O olhar para os autistas nesse sentido, é o que se deseja na conscientização sobre essa síndrome. Por isso, melhor será nos tratarmos como iguais, respeitando todas “as diferenças dos diferentes”.
(*) Médica pneumologista; coordenadora do Pulmocenter; membro da Academia Cearense de Medicina.
Fonte: Publicado In: O Povo, de 11/04/2018. Opinião. p.21.

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